29/09/2018

Medo de voar ainda atinge 40% dos passageiros de avião!!!

Medo de voar ainda atinge 40% dos passageiros de avião!!!
Infográfico: Luís Eduardo/Portal Correio
Aeronaves têm vários sistemas de back up, ou seja, há dois ou três sistemas integrados para controlar o motor

É perfeitamente normal sentir aquele frio na barriga quando o avião decola ou ficar se perguntando como uma estrutura daquele tamanho consegue subir ao céu. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) revelou que 40% dos brasileiros que voam de avião ainda sentem medo. Porém, o que muitos não sabem é que uma série de fatores faz da aviação civil comercial brasileira uma das mais seguras do mundo.

Como o avião pode voar?
Todos os aviões, ou pelo menos a grande maioria, possuem dois elementos fundamentais para o voo: a asa e o motor. A asa de um avião é responsável por gerar sustentação, que é a força que ‘puxa’ a aeronave para cima, uma vez que o peso (influenciado pela gravidade da Terra) está continuamente ‘puxando’ para baixo.

“O motor garante que haja propulsão para frente de modo a superar o arrasto provocado pela estrutura do avião, aumentando a sua velocidade e a quantidade de ar que passa pela asa de forma a gerar mais sustentação ainda. A partir disso, o avião ganha velocidade, e decola”, explica o piloto Flávio Travassos.

Porque é tão seguro?

Hoje, a construção dos aviões é bem mais pensada, com motores bem mais sofisticados – o que significa mais confiabilidade e menos falhas. As aeronaves têm vários sistemas de back up, ou seja, há dois ou três sistemas integrados para controlar o motor. Se algo apresenta qualquer problema, os outros dão conta do recado.

Também para reforçar a segurança dos voos, há leis que obrigam os pilotos a descansar. No Brasil, eles podem ficar no máximo seis dias fora da base e, diariamente, trabalhar no máximo 12 horas, seguidas por outras 12 de repouso. Nos Estados Unidos, as regras exigem que os pilotos tenham descansado, no mínimo, 10 horas antes de decolar. Além disso, não podem voar mais de nove horas consecutivas. Tudo isso para evitar os incidentes relacionados à fadiga de quem comanda a aeronave.

O medo

Para a turismóloga Luana Caxias, que é uma passageira frequente, o medo ainda existe. “Eu voo bastante mas sempre fica aquele medo, aquele receio. Nunca estou 100% tranquila”, relata.

O medo é algo do inconsciente humano que surge quando há a insegurança. Muitas pessoas sentem esse desconforto por não saberem como o avião funciona e, dessa forma, se sentem desprotegidas. O comandante Flávio explica que o desconhecimento é o principal fator de receio. “A gente sempre teme o que não conhece. Muitas pessoas que andam de avião, não o conhecem. Elas vêem o avião grandioso e ficam se perguntando como ele levanta voo e isso gera muita curiosidade”, comenta o piloto.

Turbulência

Um dos principais medos dos passageiros quando estão em um voo comercial são as turbulências, quando o avião ‘balança’ e perde um pouco de altitude. Apesar de causar um frio na barriga de quem tem medo, os movimentos não são capazes de derrubar uma aeronave.

“É um movimento irregular do fluxo de ar que pdoe acarretar agitações e uma pequena perda de altitude, mas é perfeitamente normal”, revela o piloto Flávio.

Voe sem medo

A aviação civil comercial possibilita aos passageiros a oportunidade de descobrir novos lugares, de encurtar distâncias, e principalmente, de chegar até onde não se chegaria por vias terrestres. A mística que envolve a aviação faz com que os passageiros sintam uma ansiedade típica de quem vai descobrir o céu.

Muitas pessoas deixam de viver diversas experiências por conta do medo, que, por sua vez, surge pelo desconhecimento. O avião apenas precisa ser entendido e conhecido, para então, ser ‘amado’.
Luís Eduardo Andrade - Portal Correio

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