07/09/2014

RELIGIÃO: EVANGELHO DO DIA - Evangelho - Mt 18,15-20 Se ele te ouvir, tu ganharás o teu irmão.

RELIGIÃO: EVANGELHO DO DIA - Evangelho - Mt 18,15-20 Se ele te ouvir, tu ganharás o teu irmão.

Pai,
que a presença de teu Filho ressuscitado
na comunidade cristã
seja um incentivo para que nós
busquemos pautar nossa ação
pela tua santa vontade.
Verde. 23º DOMINGO Tempo Comum

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,15-20

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos:
15Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo,
mas em particular, à sós contigo!
Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão.
16Se ele não te ouvir,
toma contigo mais uma ou duas pessoas,
para que toda a questão seja decidida
sob a palavra de duas ou três testemunhas.
17Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja.
Se nem mesmo à Igreja ele ouvir,
seja tratado como se fosse um pagão
ou um pecador público.
18Em verdade vos digo,
tudo o que ligardes na terra será ligado no céu,
e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu.
19De novo, eu vos digo:
se dois de vós estiverem de acordo na terra
sobre qualquer coisa que quiserem pedir,
isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus.
20Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome
eu estou ali, no meio deles.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



REFLEXÃO
A missão do profeta.
O profeta Ezequiel é contemporâneo do profeta Jeremias. Ao contrário de Jeremias que, durante o exílio na Babilônia, ficou em Judá, Ezequiel foi para a Babilônia com os deportados. Sua missão tinha um duplo aspecto: ajudar o povo exilado a não se esquecer de que, ao contrário do que eles pensavam, Deus não os havia abandonado, mas estava com eles, e manter viva a esperança do retorno à terra dos seus antepassados. O texto autobiográfico que, hoje, lemos, apresenta Ezequiel como sentinela da casa de Israel (cf. Ez 33,1-7). Enquanto tal, ele deve alertar contra o inimigo que ameaça o povo. A missão do profeta é prevenir o povo contra tudo o que possa ameaçar a esperança e a fidelidade ao Deus de Israel. Ele compreende que sua missão, enquanto sentinela da casa de Israel, é também de despertar no povo o desejo de conversão.
O evangelho de hoje é parte do discurso sobre a Igreja, em que Jesus instrui os seus discípulos acerca dos aspectos essenciais da vida comunitária cristã. A comunidade cristã é uma comunidade de reconciliados, por isso, o perdão deve ser uma das marcas de sua existência. No trecho anterior ao apresentado pela liturgia deste domingo, duas características da comunidade eclesial foram ressaltadas: a comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço e pelo cuidado de uns para com os outros, de modo especial pelos “pequeninos”, isto é, por aqueles que se sentem, por algum motivo, desprezados e não valorizados, e que correm, por isso, o risco de abandonar a comunidade. Nosso texto de hoje é, por assim dizer, a aplicação prática do desejo de Deus de que nenhum membro da comunidade se perca (v. 14). A atitude exigida para realizar o desejo de Deus é a iniciativa que cada um deve tomar no que diz respeito à reconciliação, tendo presente que a comunidade cristã é uma comunidade de irmãos (v. 15). O pecado divide a comunidade. Se acontecer a alguém ser vítima do pecado de outro membro da comunidade, trata-se, aqui, de tomar a iniciativa de ajudar o pecador no seu processo de conversão, desde que ele aceite livremente. É Deus quem toma a iniciativa de vir em socorro de nossa humanidade e é ele quem oferece, gratuitamente, o seu perdão. A comunidade cristã é chamada a ser reflexo da misericórdia divina (Mt 5,48; Lc 6,36; 15). Assim como Deus não desiste de nós, também não devemos desistir de nossos irmãos. O único limite para o perdão e a reconciliação é o fechamento do outro (v. 17). O amor fraterno e, consequentemente, a comunidade cristã são construídos através desse esforço permanente de reconciliação.
Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas

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